Review: Lusoscreen Darsktar Plano

Como prometido, e agora que as férias acabaram, aqui ficam as minhas impressões sobre o último desenvolvimento da ‘nossa’ Lusoscreen e em demonstração na VilaSound, Som & Imagem: o Darkstar plano.

Como habitual, aqui ficam as fotografias do ecrã com um pedaço de PVC com ganho 1.1 para comparação com o resto do ecrã. Comecei por fotografar com alguma luz ambiente (paredes escuras, de noite, apenas com um pequeno candeeiro ligado). Neste cenário, e em qualquer sala que não tenha paredes escuras, a luz ambiente é suficiente para comprometer drasticamente o contraste de uma tela branca normal. Como se pode ver, o quadrado de PVC exibe uma imagem muito esbatida em comparação com o Darkstar. Apanhei propositadamente a barra horizontal de cima que devia ser preta mas é amarelada, graças à lampada 2700K do candeeiro.  Dentro do quadrado, a imagem parece enevoada e também com alguma perda de definição.  Penso que aqui, tal como na versão curva revista aqui, as diferenças para melhor são inequívocas por parte do ecrã da Lusoscreen face a uma tela normal.

Luz ambiente com quadrado de PVC

 

As telas brancas tornam-se aceitáveis apenas na escuridão total, com paredes, chão e teto também escuros. Como se comparam os ecrãs Lusoscreen neste cenário? Na review anterior vimos que as diferenças deixam de ser tão notórias mas continuam a ser significativas. Na minha opinião, essa observação mantém-se também no ecrã plano.

 

Escuridão total sem quadrado de PVC

Escuridão total com quadrado de PVC

 

 

 

 

 

 

 

 

Torna-se mais difícil fotografar as diferenças de profunidade da cor preta nestas condições mas penso que são visíveis nas fotos (recomendo fazer o download de ambas ou abri-las em janelas diferentes para se compararem facilmente em tamanho grande). Neste filme (Mad Max: Fury Road  – 2015), todas as cores estão com contraste melhorado para nos encher os olhos de vivacidade. A cor da pele da Imperator Furiosa mostra-se mais carregada e profunda sem o quadrado de PVC que, subjetivamente, me parece mais real com aquilo que é suposto vermos. Existem também mais nuances visíveis sem o PVC, nomeadamente à volta do olho onde observo alguns tons roxeados e pretos da maquilhagem, enquanto que com o PVC as cores parece menos ricas e o preto mais esbatido.  Também na barra horizontal superior se observa a ausencia de um preto profundo que se vê em todo o resto do ecrã.

 

Conclusão

Eu adoro a versão curva, que ainda reside aqui na VilaSound, mas o ecrã plano apresenta poucas desvantagens e é muito mais acessível em termos de colocação e com menos restrições. A imagem é mais uniforme em termos de brilho e menos sensível ao local de visualização. Também permite, sem problemas, a colocação do projetor no teto, enquanto que as versões curvas obrigam à colocação do projetor perto das nossas cabeças ou de outra forma ocorre uma distorção na imagem (curvatura). Prefiro ligeiramente a profundidade e contraste da versão curva, com todas as reticencias que ela trás, mas a versão plana torna praticas e acessíveis todas as características que tanto gostamos nos ecrãs Lusoscreen. Bom trabalho família Candeias (equipa Lusoscreen)!

Mesmo para salas de cinema com luz controlada o ecrã Lusoscreen Darkstar plano representa um incremento de qualidade ao nível do contraste, profunidade das cores e definição superior ao que habitualmente se consegue com o upgrade do projetor para uma gama acima. Se considerarmos que tal upgrade custa normalmente milhares de euros, o Darkstar representa assim um excelente retorno de qualidade para o investimento em causa.

 

Ficha Técnica

Ecrã Lusoscreen Darkstar 100″ plano (PVP: 1200€)
Projetor JVC DLA-X30 (lampada com > 2700h)
Filmes/Imagens usadas: Mad Max: Fury Road – 2015

 

Gustavo Rosa

Nova Sala de Cinema com sistema 7.1.2 Dolby Atmos e novo ecrã Lusoscreen Darkstar plano

Remodelámos a nossa sala de cinema para melhorar a experiencia cinematográfica a nível de reprodução, acústica e estética. Instalámos papel de parede por cima de pladur preforado, um par de colunas in-wall, um par de colunas de teto e duas surround back.

O efeito surround fica assim a cargo das magníficas Monitor Audio CP-WT380IDC e das bem conhecidas Monitor Audio Slver S6. Já desde algum tempo que a Monitor Audio se especializou na produção das melhores colunas de embutir no mercado hifi. Desde as mais baratas Trimless 100 (~150€/un) até às Platinum In-Wall (3700€/un) a escolha é imensa.

As colunas de embutir apresentam diversas vantagens face às tradicionais colunas de caixa, especialmente em cinema. A mais óbvia é da menor ocupação de espaço e, tendo grelhas metálicas de baixo perfil que se podem pintar de qualquer cor, podem passar completamente despercebidas. Na foto, escolhemos exibir orgulhosamente a coluna e seus altifalantes. Outra vantagem muito importante é acústica. As colunas de caixa emitem som em 360º em seu redor, criando a necessidade de colocar absorção acústica para diminuir reflexões, especialmente quando se aumenta número de colunas (5.1, 7.1, 9.1)! Com as colunas de embutir a propagação de som é feita apenas em 180º, baixando drasticamente a necessidade de tratamento acústico.

As CP-WT380IDC são colunas de embutir de 3 vias com woofer de 8 polegadas, woofer de médios de 4 polegadas combinado num módulo com o tweeter C-CAM gold dome, num eixo giratório e orientável. A designação CP (Controlled Performance) signifca que a coluna é selada e não interage com a parede na qual está instalada. Também reduz a propragação de som pelas paredes. Permite ainda um ajuste de -3/0/+3 dB tanto na unidade de médios e como no tweeter. Com estas características, torna-se fácil combiná-las com as Silver S10 (frontais) e Silver S6 (traseiras) criando uma envolvencia que nos faz esquecer que temos colunas de som.

No tecto estão instaladas duas colunas Monitor Audio CT380-IDC, semelhantes às CP-WT380IDC mas abertas. A coluna é impressionante e pesada nas mãos mas discreta depois de instalada. Tem 3 vias, com woofer de 8 polegadas, woofer de médios de 4 polegadas combinado num módulo com o tweeter C-CAM gold dome, num eixo giratório e orientável. Devido ao facto de ser aberta e interagir por isso com a caixa de pladur do teto, estas colunas permitem maior extensão de grave e mais sensibilidade, maior envolvencia mas menos precisão do que as CP.

A acolitar as Monitor Audio temos o Yamaha RX-A3050 e ajuda-las o SVS SB16-ULTRA (!) A leitura fica a cargo do Oppo UDP-203.

Para completar as novidades temos também o mais recente desenvolvimento da ‘nossa’ Lusoscreen: o Darsktar plano. Um ecrã cinzento-escuro com ganho ~1.0 que permite cores profundas e negros impensáveis em telas normais, mesmo com alguma luz ambiente (review mais detalhada em breve). O projetor ainda é o ‘velhinho’ JVC DLA-X30 com lâmpada cansada (‘para quando um projetor 4K Gustavo?’ – Estou a tratar disso… vamos com calma)

O objetivo dos constantes upgrades que vamos fazendo é oferecer aos nosso clientes e curiosos uma experiencia única. Esperamos que nos visite para ficar com os cabelos em pé, dedos cravados no sofá ou pele de galinha (depende do filme).

 

Gustavo Rosa

Em demonstração: Manger P1

As Manger são pouco conhecidas no mercado portugues, mais habituado às revistas audiófilas escritas em ingles (inglesas ou americanas) e por vezes em frances. Passamos por isso ao lado de muitas ofertas do enorme e misterioso fabrico alemão.

A Manger Audio (lê-se ‘manguer’) desenvolveu o seu patentado transdutor Manger que consiste, muito resumidamente, num altifalante com rigidez variável, aumentando do centro para a extremidade, que permite reproduzir frequencias de 80Hz até 40KHz. Com um só altifalante, sem crossover no meio, consegue-se por isso reproduzir a maioria do espetro auditivo, sem descontinuidades no domínio temporal nem diferenças de timbre entre altifalantes diferentes (a maioria das colunas precisa de um tweeter feito de um material diferente dos restantes altifalantes, com características sónicas diferentes).

Todas as colunas Manger Audio são de duas vias, recorrendo apenas um woofer para as baixas frequencias e um simples crossover. O resultado é uma coluna particularmente boa ao nível da coerencia e precisão no domínio temporal. Em termos de interação com a sala, a Manger optou por caixas seladas, sem pórtico, desenhadas para estarem relativamente próximas da parede traseira (50-70cm). São por isso colunas mais ideais para ter em casa e não tanto para ter na sala de demonstrações da VilaSound, onde devido às suas dimensões, precisa de colocar as colunas bem longe da parede.

De facto, elas falhavam em energizar corretamente a sala, naquela posíção (1,20m da parede). Recuando as colunas para perto da parede traseira melhorava esse aspeto mas criava os habituais problemas comuns a todas as colunas nesta sala: severos cancelamentos e picos em modos ressonantes, e o palco espalmado.

 

No entanto, a VilaSound tem outra sala de demonstrações, habitualmente usada para o homecinema. Aqui, em geral, as colunas portam-se bem perto da parede e as Manger P1 não foram exceção. Apresentando-se completamente diferentes no contexto anterior, as P1 revelam os seus trunfos ao nível da integração das unidades. O facto de serem colunas de caixa selada significa que irão apelar aos audiófilos mais rigorosos ao nível da reprodução de graves e não tanto àqueles que procuram um pouco de “fogo de artifício” no seu som, com graves mais cavernosos e expansivos. De facto, procurando pelas passagens mais exigentes ao nível de frequencias baixas na minha coleção de música, as Manger P1 conseguiram um nível de articulação que nunca tinha ouvido, embora com um limite ao nível da extensão. Penso que em salas mais pequenas (25-40m2) eles poderão mostrar-se bem mais equilibradas nesse aspeto do que aqui.

Neste caso em particular, graças ao alucinante SVS SB16-ULTRA, podemos adicionar o “fogo de artifício” à descrição.

 

 

Especificações:

Coluna de chão 2 vias com crossover a 360Hz
Frequencia de resposta: 40Hz-40KHz
Sensibilidade: 89dB (1W/1m)
MAX SPL: 106dB em pico
Potencia recomendada: 50-200W
Impedancia nominal: 4ohm
Terminais WBT NextGen
Acabamentos mate com qualquer cor RAL ou lacados em alto brilho
Dimensões: 1139 x 270 x 214 mm (A x L x P)
Peso: 28kg/un
PVP: 8930€

 

 

 

 

 

 

 

Allocacoc PowerCube Original USB

Cada vez mais existem dispositivos (gadgets) alimentados por USB 5V. Muitos deles agora nem vêm acompanhados com fonte de alimentação, obrigando o consumidor a comprar uma ou usar uma já existente em casa (tipicamente o carregador do telemóvel).

A Allocacoc tem várias opções para multiplicar o número de tomadas de corrente elétrica. Uma das mais interessantes é sem dúvida o PowerCube Original USB, contendo 4 tomadas Schuko (220V) e duas portas USB com capacidade de alimentar ou carregar em simultaneo dois dispositivos a 5V com 2.1 Amperes. Significa que pode carregar duas vezes mais rápido do que um carregador normal (+/-1A de output).

Tudo isto concentrado num pequeno cubo ocupando pouquíssimo espaço. Os cubos podem ser ampliados usando a sua capacidade modular, conectando um ou mais cubos aos existentes.

Disponível em stock na VilaSound, Som & Imagem com um PVP de 19€/un.

 

 

 

Review: Audiovector QR3

Em demonstração temos as novas Audiovector QR3, que tanto têm dado que falar na imprensa audiófila internacional.

Fora da caixa, as QR3 são bem vistosas. Um acabamento em lacado alto-brilho (aka preto piano ou high gloss) de boa qualidade, altifalantes proprietários Audiovector com alumínio maquinado a fixar à caixa e o tweeter dourado são bastante impressionantes logo à primeira vista.

Em relação ao tweeter de fita, não é nada comum vê-lo em colunas destes patamares de preços (QR3 – 1800€ PVP e QR1 1000€ PVP) e por uma boa razão: um tweeter de fita barato ou mal implementado tem tendencia para ser simbilante e agressivo. Aqui, a Audiovector promete domesticá-lo graças à sua tecnologia S-Stop Filter.

A tocar com o GamuT Di150LE, as QR3 mostraram-se extremamente detalhadas e musicais mas havia qualquer coisa que não nos deixava desfrutar a música. Elas pareciam nervosas/edgy. Trocando para o Naim XS2, mostraram-se bem diferentes, ficaram mais encorpadas, especialmente impressionantes a baixo volume. No entanto, quando aumentávamos o volume elas pareciam não gostar nada, gradualmente baralhando o palco sonoro e mostrando desconforto (distorção?) à medida que se subia o volume.

Até que, recorri ao fiel Synthesis Roma 753AC e não quis trocar mais. Foi como se as núvens abrissem e do ceu se ouvisse um ‘aaaahhh’ celestial. O detalhe do GamuT, o corpo do Naim, mas com mais fluidez e suavidade e muito, muito rock n’ roll. Ou seja, agora podia ouvir a baixo volume mas também a alto, ou altíssimo volume, sem que elas se queixassem. Ligando por cabo coaxial digital um simples Bluesound Node 2 a um iFi Micro iDSD, podemos ouvir qualquer música no Tidal que o sistema responde com uma fluidez, dinamica, corpo e alma, mantendo-nos fixados na música mas sem cansaço e sem as tais assustadoras simbilancias dos tweeters de fita. O grave é muito extenso, articulado e musical, especialmente considerando o seu tamanho, apenas não têm tanto “punch” como por exemplo umas Monitor Audio Silver S8.

As QR3 estão altamente recomendadas mas têm de ser bem casadas. Independentemente da qualidade do amplificador – tanto o GamuT Di150 como o Naim XS2 são excelentes amplificadores – há soluções que podem ser mais ou menos compatíveis e há seguramente soluções que permitem que o todo seja superior à soma das partes.

O sistema Synthesis Roma 753AC + Audiovector QR3 pode não ser considerado um sistema high-end mas quando toca faz-nos esquecer os sistemas high-end e já ouvi muitos que não dão o mesmo prazer. Diria que estes dois componentes juntos deviam custar o dobro ou o triplo para aquilo que tocam.

 

Especificações:

Crossover: 2.5 vias (400 Hz / 3 kHz)
Pórtico: down-firing slot
Sensibilidade: 90dB (1W/1m)
Impedancia nominal: 4-8ohm
Frequencia de resposta (-6dB): 30Hz-45KHz
Dimensões: 94 x 19 x 23
Peso: 15kg/un

PVP: 1800€

 

 

 

Review: AVID DIVA II SP

A VilaSound, Som & Imagem orgulha-se de ter permanentemente em demonstração um giradiscos AVID DIVA II SP.

AVID DIVA II SP c/ Project 9CC e Benz Micro ACE SL

 

De todos os giradiscos do mercado, e a oferta é imensa, escolhemos os AVID por diversas razões.

Em primeiro lugar… porque tocam bem.

Em segundo lugar pela integridade na filosofia. A AVID desenvolveu durante muito tempo a sua filosofia para os seus designs e manteve os seus princípios ao longo dos seus 20 anos de existencia, fazendo melhoramentos ao longo dos anos. Todos os seus produtos são um trickle down da tecnologia topo de gama. Ou seja, depois do extenuante desenvolvimento do AVID Acutus, os restantes modelos foram desenvolvidos eliminando/modificando diversas partes do Acutus com o objetivo de baixar o custo, mantendo o design nuclear.

Subprato/Rolamento

Clamp

Em terceiro lugar pela tecnologia. O design técnico AVID tem como objetivo remover as vibrações do disco permitindo uma leitura ótima por parte da agulha. Usando uma analogia com o tiro ao alvo, por muito bom que seja o atirador (agulha), se ele estiver em cima de uma plataforma (giradiscos+braço) que esteja em constante oscilação irá ter dificuldade em acertar no alvo. Quanto maior for a oscilação ou vibração maior o erro. As vibrações são produzidas pelos motores dos giradiscos, pelo funcionamento dos equipamentos, transmitidas pelo móvel e pelos altifalantes das colunas fazendo vibrar toda a casa e por sua vez também o giradiscos.

Uma das abordagens para remoção de vibração é de aumento de massa do giradiscos e do prato mas isso por si só não resolve o problema pois durante a reprodução de música facilmente detetamos a vibração em paredes estruturais do prédio, que têm uma massa superior à de qualquer giradiscos (em várias ordens de grandeza).

A AVID assume que é impossível isolar o prato e o disco de vibrações e dedicam-se a remove-las em vez de apenas isolar. Os giradiscos seguem o princípio que as vibrações serão canalizadas das superfícies menos rígidas para as mais rígidas. Para isso acopulam de forma eficiente o disco a componentes rígidos que por sua vez estão acopulados a componentes que absorvem vibração, convertendo em calor ou em movimento oscilatório vertical de baixa frequencia. Tudo começa no clamp de alta qualidade, pesando quase 1kg, tem uma rosca em alumínio maquinado que prende o disco ao suporte de latão do rolamento (bearing), que é ao mesmo tempo o sub-prato. O tapete em cortiça+borracha funciona como um desamparalhemento mecanico criando um “ponto-terra” para conduzir as vibrações para o clamp+rolamento. Sem um clamp, não há um dispositivo que impeça a vibração do disco mesmo pousado num prato completamente inerte.

O rolamento (subprato) é acoplado à pressão no prato de alumínio maciço (6.3kg). O rolamento encaixa na perfeição no prato, sem qualquer folga, vendo-se bem a qualidade da maquinação CNC.

Interior da suspensão

No interior do suprato encontra-se uma safira que pousa sobre uma esfera de tungsténio no veio do chassis. A esfera impede que o prato adopte um movimento elíptico quando puxado pela correia. Assim, o movimento é sempre completamente circular acentando o prato num ponto tangencial, de baixo atrito.

O chassis é contruído em alumínio de densidade variável, com rigidez exceptional, tendo o mesmo objetivo de canalizar vibrações para longe do disco. O chassis assenta tres pontos que, no caso do DIVA II SP, o amortecimento está a cargo de bases largas de um elastómero em 3 camadas feito com soborbotano de alta qualidade.

Muitas empresas adoptam os motores de baixo binário assíncrono com a voltagem da rede elétrica. Aqui a abordagem é diferente. O motor de 24V é síncrono com a corrente alternada e tem um binário excecionalmente alto. Em conjunto com a fonte de alimentação DSP (Digital Signal Processor) o prato roda a uma velocidade de rotação constante – fator extremamente importante por vezes ignorado. O motor é tão forte que o prato atinge a velocidade ótima antes de terminar a primeira rotação.

 

 

 

 

 

O motor está fisicamente separado do chassis, impedindo qualquer transmissão de vibração, e faz rodar o prato através de duas correias.

 

A qualidade da maquinação CNC do pesado prato em alumínio maciço. As linhas exteriores e cone interior para encaixe no rolamento não apresentam qualquer defeito.

Em quarto lugar pela qualidade de construção. A AVID produz tudo in house com acesso à tecnologia mais sofisticada (e cara). Os componentes principais são construídos com materiais de alta qualidade como e alumínio aerospace-grade, com recurso a maquinação CNC.

A qualidade de construção, ao inspecionar minuciosamente cada componente, é irrepreensível. A AVID chega a realizar trabalhos de engenharia/maquinação para outras empresas, não relacionadas com o audio.

 

 

 

 

 

 

 

O SOM

O AVID DIVA II SP pertence às linhas mais acessíveis da AVID mas apresenta uma relação qualidade-preço excelente graças à adopção de toda a tecnologia proviniente do desenvolvimento do Acutus. Enquanto a agulha toca no disco sentimos como que uma pressão convulsiva de bater o pé ou abanar a cabeça – alguma parte do corpo – de forma a acompanhar a música.  Em One More Coffee de Bob Dylan, album Desire, mesmo com o seus ritmos desconcertados e vozes desconcertantes não conseguímos evitar de bater o pé ao som da bateria e baixo. A meio do School de Supertramp, album Crime of The Century, antes do crescendo, sentimos toda a antecipação, suspense e ritmo, mesmo sem instrumentos praticamente a tocar.

Braço Pro-Ject 9CC c/ Micro Benz ACE S

Graças à estabilidade da leitura, a excelente Micro Benz ACE S consegue extrair uma quantidade de informação que nos inunda, desde as vozes (várias) das crianças em School, lá ao fundo, nítidas, como toda a banda em full crescendo com volume bem alto sem qualquer saturação nem colapso de palco. O aumento de volume não parece ter nunca um impacto negativo na reprodução, mesmo com um grave que faz abanar o sofá.

Com este conjunto não temos um som “do vinil” que muitas vezes se associa ao vinilo. Temos sim uma reprodução das gravações analógicas como elas merecem: vivas, dinamicas, musicalmente viciantes e com um palco amplo com os instrumentos e vozes bem localizadas e separadas. Desde que vindas de um master analógico, o sistema devolve a vida ao artistas mesmo que a gravação não seja audiófila ou tenha sido produzida de forma rudimentar (alguns discos mais recentes são prensados usando uma conversão de um master digital – não é a mesma coisa).

 

ESPECIFICAÇÕES

Drive: Dupla correia com velocidade ajustável (33.3 e 45rpm)
Prato: Alumínio maciço com tapete em borracha/cortiça (6.3kg)
Subprato: Aço inoxidável com fixação para o clamp em latão e safira para contacto com o veio
Veio: Aço inoxidável
Ponto de contacto: Safira em rotação sobre esfera em tungsténio
Suspensão: 3 pontos com 3 camadas de elastómero
Motor: 24v 12mNm AC-síncrono
Fonte de alimentação: Analógica com controlo de velocidade DSP
Braço: Pro-ject 9CC (vem preparado em série para SME mas adaptado para qualquer braço)
Célula: Benz Micro ACE SL

PVP do conjunto: 4900€

 

 

Melhor dois do que um!

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O último grito em tecnologia para subwoofers homecinema está aqui na VilaSound. O SVS SB16-ULTRA. conta um altifalante de 16polegadas (40cm!) e um amplificador Sledge STA-1500D com 1500W RMS (5000W em pico!) com DSP de alta resolução e bass management com controlo à distancia e por app em smartphone.

Melhor que um SB16-ULTRA? Dois.

 

Especificações:

Potencia: 1500W classe D, +5000W em pico.
Driver: 40cm – caixa selada.  Bobine em cobre com 20cm.
Display LED frontal, control por app
Dimensões: 50x49x51cm. 55kg.
PVP: 2800€

… And now for something completely different!

Em demonstração na VilaSound, Som & Imagem: Boenicke W8

 

Boenicke-demo

 

As W8 são colunas pequenas com um som grande. Construídas com madeira maciça, um tweeter atrás, duas unidades de médios e um woofer com radiação lateral.

 

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Review: Lusoscreen Darkstar

Darkstar

Com grande orgulho, a VilaSound recebeu o primeiro Lusoscreen Darkstar feito pela empresa do Sr Candeias e sua família.

O Sr Candeias despertou a minha curiosidade com uma fotografia do protótipo na sua sala bem iluminada de luz natural e a incidir a 90º do projetor/ecrã. O nível de preto do espaço com as estrelas bem visíveis e o efeito ‘pop-up’ da nave são inimagináveis para qualquer sistema de projeção, seja qual for o projetor, com esta quantidade de luz ambiente sem recorrer a um ecrã técnico.

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Protótipo Darkstar, com o famoso Ecrã Curvo Ganho3 por trás.

 

O ecrã Darkstar é mais escuro do que o Curvo Ganho3 e com um pouco menos de brilho, segundo o Sr Candeias. À partida podemos estar a falar de níveis de contraste parecidos, já que baixamos tanto o nível de preto como o de branco. No entanto, com pretos mais profundos podemos resolver aquilo que é sempre uma dificuldade nos projetores, especialmente com qualquer tipo de luz ambiente. Podemos considerar o Darkstar o OLED e os ecrãns curvo e plano os LCD.

O ecrã é particularmente difícil de fotografar pois qualquer luz que incida sobre ele é refletida tornando-o cinzento, ou até branco. Sem luz a incidir é de facto preto mas complicado de captar numa imagem.
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Review

Para a review optei por fazer os testes durante a noite, com todas as luzes desligadas. Todas as paredes, teto e chão são escuros, não refletindo luz de volta para o ecrã. Simulei a luz ambiente recorrendo a um candeiro com uma lampada fluorescente warm white de 20W colocada ao lado esquerdo a cerca de 1.5m do ecrã. Visto que as paredes são escuras, a luz criada é muito baixa.

Sendo que a fotografia no showroom da Lusoscreen mostrava o ecrã com condições de luz ambiente elevadas, optei por demonstrar na review o ecrã com condições de luz fraca e nula. Convém referir que as salas não dedicadas, com paredes brancas, mesmo de noite com todas as luzes desligadas terão na verdade condições mais parecidas ao ambiente criado aqui com luz fraca. Total ausencia de luz é pitch black, em que todas as paredes são pretas ou muito escuras e não há nenhuma emissão de luz exterior, nem as paredes refletem a luz do ecrã de volta para ele.

Em imagens muito escuras a camara fotográfica, e os monitores de computador, têm sérias dificuldades em captar/resolver os detalhes dentro da cor escura por isso é preciso acreditar que a imagem é muito mais natural, não pixelizada, e detalhada ao vivo do que nas fotos do teste.

Foi colocado um quadrado de PVC para tela, com ganho 1.1, no centro do ecrã para comparar o Darkstar a uma tela branca normal.

 

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Luz ambiente

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Sem luz

 

 

 

 

 

 

 

 

Sendo mais evidente no cenário com luz ambiente, o espaço é mais escuro no Darkstar do que no PVC, sem que se perca o brilho da nave. No cenário sem luz, ambos os sistemas saem beneficiados. Com menos luz ambiente, para além de uma cor mais escura do espaço, a nave ganha outros contornos e parece querer sair do ecrã. O aumento de contraste reduzindo a luz ambiente permite melhor definição dos contornos.

 

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Luz ambiente

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Sem luz

 

 

 

 

 

 

 

 

Na imagem com luz ambiente vemos que o Darkstar consegue resolver todo detalhe e contraste na presença de luz. A tela branca, como é habitual, sofre imenso à mínima quantidade de luz ambiente. Já no cenário de escuridão total, o PVC consegue níveis de preto comparáveis mas, e espero que a fotografia demonstre isso, não consegue resolver os detalhes e nuances dentro do escuro. O cabelo tem um entrançado visível no Darkstar que depois diminui significativamente no PVC. Este parametro é particularmente difícil de fotografar. O tom de pele também se torna mais baço e menos brilhante mas já lá vamos…

 

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Luz ambiente

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Sem luz

 

 

 

 

 

 

 

 

Na imagem com luz ambiente vê-se no PVC uma distorção nas cores, fruto da contaminação da lampada warm white, enquanto que o Darkstar parece rejeitar essa contaminação de forma muito eficiente. No cenário sem luz observa-se que as tonalidades da almofada e da cara se tornam menos exuberantes, mais dull.

O Darkstar com qualquer tipo de luz ambiente é um no-brainer. As melhorias comparadas com um ecrã normal são demasiado evidentes em 2 segundos de observação. A partir daqui a pergunta passa a ser como se compara numa situação de total ausencia de luz. Neste cenário, a profundidade de negros já não tem o destaque gritante observado anteriormente. Suprendentemente é o brilho extra que tem, sem perder negros (ou seja, contraste superior) que faz com que a imagem se torne mais rica, mais definida e com mais ‘pop’. A imagem parece mais 3D. Mais contraste = melhores contornos.

Tinha algum receio em filmes com mais grão, pois podia evidencia-lo mais e torná-lo desconfortável. No entanto aconteceu o contrário: a imagem torna-se mais organica e o grão mais suave por ser mais definido e fino.

 

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Luz ambiente

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Sem luz

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta imagem, o Tom Cruise (Oblivion) está no escuro com um holofote apontado a ele. A luz é muito intensa e ele tem dificuldade em olhar em frente. No Darkstar essa luz é bilhante sem saturar, mantendo intacto o detalhe da roupa. No PVC, o fato torna-se menos brilhante e baço tal como a cara. Vale a pena salientar que o projetor JVC DLA-X30 usado (uma retoma) tem uma lampada em fim de vida que, com ecrã Lusoscreen plano ou uma tela branca normal, tinha de ser usado em modo high-power. Este projetor está especificado com 1300 ANSI Lumens que, em modo normal, com lampada em fim de vida estimo estar a debitar menos de 1000ANSI Lumens.

 

 

Ficha Técnica

Ecrã Lusoscreen Darkstar 100″
Projetor JVC DLA-X30 (lampada com 2700h)
Filmes/Imagens usadas: Avatar, Oblivion

 

Gustavo Rosa

 

Review: Creek Evolution 100CD

Quando a Audiolab lançou o 8200CD, este recebeu imensa atenção e vendas. Na altura os DAC USB estavam particularmente populares e Audiolab fez algo que era aparentemente simples: um bom leitor de CD, acessível, que combinava a função DAC USB e leitura de CD na mesma caixa.

Mais tarde, a Creek lançou o Evolution 50CD que apresentava essencialmente as mesmas características do Audiolab 8200CD mas para muitos tocava um pouco melhor. Dentro da sua classe de preço era um excelente candidato mas muito poucos incluiam entrada USB assíncrona, ótica e coaxial; pelo que também o 50CD recebeu excelentes críticas e tem sido um sucesso de vendas, dentro do panorama das decrescentes vendas de leitores de CD… (fyi em fase crescente encontram-se o vinilo e os serviços de cloud, como o Spotify e Tidal).

O mais recente leitor de CD concebido pela Creek é o Evolution 100CD. Se os leitores de 50CD e 8200CD estavam bem apetrechados de funções, o 100CD ultrapassa-as largamente. Inclui agora um recetor Bluetooth, uma saída para auscultadores de alta qualidade, baseada no excelente OBH-21 MK2 (PVP: 440€), e ainda um controlo de volume permitindo ligar o leitor diretamente a etapas de potencia.

Review hifipig

 

Audição

Comparando diretamente com o Evolution 50CD, as diferenças são audíveis nos primeiros segundos. Todos os parametros são elevados a um nível superior, tanto na leitura de CD como usando PC via USB. A música aparece de um fundo escuro, com dinamica e detalhe que se aproxima de leitores high-end. A precisão temporal já permite obter a expressão artística dos interpretes de forma minimamente realistica (o que é raro nesta gama de preços). Comparando com um Primare CD32… A decisão é difícil. Talvez o Primare consiga uma ligeira vantagem, sem que seja óbvia. No entanto, em termos de funções, o Primare é completamente espartano. Continua a ser a referencia nesta gama de preços mas faz apenas e só leitura de CD. O Evolution 100CD é também mais barato (PVP: 1950) do que o Primare CD32 (PVP: 2490€).
Comparando com o Esoteric K-07, as diferenças já se começam a notar de forma óbvia (embora a maior diferença de todas neste comparativo é decididamente entre o 50CD e o 100CD) mas é normal…K-07 já custa uns expressivos 6800€ PVP.

Fizémos também audição de auscultadores com uns Grado SR60i e uns PSB M4U-1 e confirma-se como uma solução excelente. Será necessário subir imenso a fasquia de qualidade e orçamento, tanto em auscultadores como amplificador para se conseguir melhor. Isso é obviamente notório quando comparamos com o conjunto amp+auscultadores STAX SRS-3170. Já agora, se ainda não ouviu os STAX… O que está à espera?

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Sistema com iEAST (p/ TIDAL), Creek Evolution 100CD, STAX SRS-323S + STAX SR-307, Grado SR60i, PSB M4U-1

 

Resumo

Se o Creek Evolution 50CD já era um bom leitor na sua gama de preços, o 100CD não é apenas um melhoramento do 50CD. É uma máquina totalmente diferente para melhor. A diferença de preço entre os dois (700€) oferece um incremento de qualidade raro em alta-fidelidade. Na minha opinião compensa inteiramente o esforço financeiro adicional relativamente ao 50CD, ou  a qualquer leitor no intervalo de 1000-1500. Se tem um orçamento até 3000€ aconselho a experimentar seriamente o 100CD. Se já possui um 50CD, ou outro leitor, e pretende fazer um upgrade, contacte-nos para a retoma do mesmo.