Review: Lusoscreen Darkstar

Darkstar

Com grande orgulho, a VilaSound recebeu o primeiro Lusoscreen Darkstar feito pela empresa do Sr Candeias e sua família.

O Sr Candeias despertou a minha curiosidade com uma fotografia do protótipo na sua sala bem iluminada de luz natural e a incidir a 90º do projetor/ecrã. O nível de preto do espaço com as estrelas bem visíveis e o efeito ‘pop-up’ da nave são inimagináveis para qualquer sistema de projeção, seja qual for o projetor, com esta quantidade de luz ambiente sem recorrer a um ecrã técnico.

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Protótipo Darkstar, com o famoso Ecrã Curvo Ganho3 por trás.

 

O ecrã Darkstar é mais escuro do que o Curvo Ganho3 e com um pouco menos de brilho, segundo o Sr Candeias. À partida podemos estar a falar de níveis de contraste parecidos, já que baixamos tanto o nível de preto como o de branco. No entanto, com pretos mais profundos podemos resolver aquilo que é sempre uma dificuldade nos projetores, especialmente com qualquer tipo de luz ambiente. Podemos considerar o Darkstar o OLED e os ecrãns curvo e plano os LCD.

O ecrã é particularmente difícil de fotografar pois qualquer luz que incida sobre ele é refletida tornando-o cinzento, ou até branco. Sem luz a incidir é de facto preto mas complicado de captar numa imagem.
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Review

Para a review optei por fazer os testes durante a noite, com todas as luzes desligadas. Todas as paredes, teto e chão são escuros, não refletindo luz de volta para o ecrã. Simulei a luz ambiente recorrendo a um candeiro com uma lampada fluorescente warm white de 20W colocada ao lado esquerdo a cerca de 1.5m do ecrã. Visto que as paredes são escuras, a luz criada é muito baixa.

Sendo que a fotografia no showroom da Lusoscreen mostrava o ecrã com condições de luz ambiente elevadas, optei por demonstrar na review o ecrã com condições de luz fraca e nula. Convém referir que as salas não dedicadas, com paredes brancas, mesmo de noite com todas as luzes desligadas terão na verdade condições mais parecidas ao ambiente criado aqui com luz fraca. Total ausencia de luz é pitch black, em que todas as paredes são pretas ou muito escuras e não há nenhuma emissão de luz exterior, nem as paredes refletem a luz do ecrã de volta para ele.

Em imagens muito escuras a camara fotográfica, e os monitores de computador, têm sérias dificuldades em captar/resolver os detalhes dentro da cor escura por isso é preciso acreditar que a imagem é muito mais natural, não pixelizada, e detalhada ao vivo do que nas fotos do teste.

Foi colocado um quadrado de PVC para tela, com ganho 1.1, no centro do ecrã para comparar o Darkstar a uma tela branca normal.

 

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Luz ambiente

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Sem luz

 

 

 

 

 

 

 

 

Sendo mais evidente no cenário com luz ambiente, o espaço é mais escuro no Darkstar do que no PVC, sem que se perca o brilho da nave. No cenário sem luz, ambos os sistemas saem beneficiados. Com menos luz ambiente, para além de uma cor mais escura do espaço, a nave ganha outros contornos e parece querer sair do ecrã. O aumento de contraste reduzindo a luz ambiente permite melhor definição dos contornos.

 

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Luz ambiente

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Sem luz

 

 

 

 

 

 

 

 

Na imagem com luz ambiente vemos que o Darkstar consegue resolver todo detalhe e contraste na presença de luz. A tela branca, como é habitual, sofre imenso à mínima quantidade de luz ambiente. Já no cenário de escuridão total, o PVC consegue níveis de preto comparáveis mas, e espero que a fotografia demonstre isso, não consegue resolver os detalhes e nuances dentro do escuro. O cabelo tem um entrançado visível no Darkstar que depois diminui significativamente no PVC. Este parametro é particularmente difícil de fotografar. O tom de pele também se torna mais baço e menos brilhante mas já lá vamos…

 

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Luz ambiente

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Sem luz

 

 

 

 

 

 

 

 

Na imagem com luz ambiente vê-se no PVC uma distorção nas cores, fruto da contaminação da lampada warm white, enquanto que o Darkstar parece rejeitar essa contaminação de forma muito eficiente. No cenário sem luz observa-se que as tonalidades da almofada e da cara se tornam menos exuberantes, mais dull.

O Darkstar com qualquer tipo de luz ambiente é um no-brainer. As melhorias comparadas com um ecrã normal são demasiado evidentes em 2 segundos de observação. A partir daqui a pergunta passa a ser como se compara numa situação de total ausencia de luz. Neste cenário, a profundidade de negros já não tem o destaque gritante observado anteriormente. Suprendentemente é o brilho extra que tem, sem perder negros (ou seja, contraste superior) que faz com que a imagem se torne mais rica, mais definida e com mais ‘pop’. A imagem parece mais 3D. Mais contraste = melhores contornos.

Tinha algum receio em filmes com mais grão, pois podia evidencia-lo mais e torná-lo desconfortável. No entanto aconteceu o contrário: a imagem torna-se mais organica e o grão mais suave por ser mais definido e fino.

 

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Luz ambiente

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Sem luz

 

 

 

 

 

 

 

 

Nesta imagem, o Tom Cruise (Oblivion) está no escuro com um holofote apontado a ele. A luz é muito intensa e ele tem dificuldade em olhar em frente. No Darkstar essa luz é bilhante sem saturar, mantendo intacto o detalhe da roupa. No PVC, o fato torna-se menos brilhante e baço tal como a cara. Vale a pena salientar que o projetor JVC DLA-X30 usado (uma retoma) tem uma lampada em fim de vida que, com ecrã Lusoscreen plano ou uma tela branca normal, tinha de ser usado em modo high-power. Este projetor está especificado com 1300 ANSI Lumens que, em modo normal, com lampada em fim de vida estimo estar a debitar menos de 1000ANSI Lumens.

 

 

Ficha Técnica

Ecrã Lusoscreen Darkstar 100″
Projetor JVC DLA-X30 (lampada com 2700h)
Filmes/Imagens usadas: Avatar, Oblivion

 

Gustavo Rosa

 

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  1. […] habitual, aqui ficam as fotografias do ecrã com um pedaço de PVC com ganho 1.1 para comparação com o […]

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